segunda-feira, 28 de março de 2011

O destino dos embriões excedentários

As modernas técnicas de reprodução medicamente assistida produzem um número de embriões humanos mais elevado do que aqueles que são implantados. Estes embriões são criopreservados com o intuito de serem utilizados futuramente pelos casais inférteis que todos os dias recorrem a técnicas de procriação com o desejo de serem pais. O dilema surge quando o casal já tem o número de filhos pretendido ou quando este decide desfazer-se dos embriões. Por isso, que destino eticamente correcto deverá ter este “excesso” de embriões que poderia dar origem a mais um ser humano?
Podem ser utilizados pelo casal para tentar uma nova gravidez, podem ser doados a terceiros, doados para utilização na investigação científica, criopreservados por período indeterminado, ou destruídos. A comunidade científica, a comunidade religiosa, os progenitores, os políticos e a sociedade em geral debatem as questões éticas e morais, para além dos aspectos técnicos e científicos, posicionando-se num vasto leque de perspectivas que vão desde a atribuição ao embrião humano de um estatuto de pessoa plena, condenando todas e quaisquer práticas de investigação que promovam a sua destruição, até à não atribuição de qualquer estatuto que não seja o de “material” passível de ser doado, transaccionado, manipulado e usado em benefício da humanidade.


 Fonte da imagem: 
http://4.bp.blogspot.com/_Rz88p0V8xbk/TF7Y9uuJE3I/AAAAAAAAAAM/WUQd3Ku131c/s1600/A_Gift_Embryo.jpg

Fontes:
GASPAR, João Pedro. Embriões “excedentários” criopreservados: Que destino dar-lhes? 2006. 15 folhas. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Educação em Ciência) – Universidade de Aveiro, 2004.

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