domingo, 27 de fevereiro de 2011

As técnicas de PMA e a infertilidade

Muitos casais inférteis vêem o sonho de ter um filho como um futuro incerto. Contudo, o seu desejo pode realizar-se através do recurso a técnicas de procriação medicamente assistida (PMA) ou através de uma estimulação ovárica apenas.

A estimulação ovárica poderá ser uma solução para o casal, caso a infertilidade seja devida a um problema ovulatório da mulher e não se verifique a existência simultânea de problemas masculinos.

Inseminação Intra-uterina (IIU)
Desde que as trompas da mulher estejam saudáveis, bem como os espermatozóides do homem, a IIU é um tratamento de infertilidade que pode solucionar o problema do casal. Consiste na deposição de espermatozóides no interior da cavidade uterina, aquando a ovulação da mulher, para que haja uma maior probabilidade de fecundação.

Fecundação in vitro (FIV)
Os ovócitos (células sexuais femininas) são recolhidos a partir dos ovários da mulher, sendo, de seguida, colocados num meio laboratorial com espermatozóides. Ocorrerá a fecundação e formar-se-ão embriões que, posteriormente, serão transferidos para a cavidade uterina da mulher. A fecundação ocorre, portanto, fora do corpo da mulher, daí as designações de “fertilização in vitro” e “bebé-proveta”. Actualmente, realizam-se centenas de milhares de ciclos de FIV em todo o mundo, sendo este um procedimento seguro e com uma excelente taxa de sucesso. O nascimento da primeira criança resultante de fertilização in vitro ocorreu em Inglaterra, em 1978 (Louise Brown).

Microinjeccção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI)
Esta técnica revolucionou o tratamento da infertilidade masculina, uma vez que pode ser aplicada no caso de os espermatozóides não conseguirem fecundar naturalmente os ovócitos ou apresentarem anomalias ao nível da sua morfologia. A ICSI poderá também revelar-se útil em situações em que a mulher possui uma reserva ovocitária diminuída, já que o risco de uma eventual falha de fecundação na FIV poderia pôr em causa todo o tratamento de infertilidade.
A ICSI consiste, portanto, na introdução de um espermatozóide no interior de um ovócito, com o auxílio de micropipetas, originando, assim, um zigoto. Após dois ou três dias, o embrião é transferido para o útero, processo este semelhante ao utilizado na FIV. No entanto, em alguns casos, recorre-se a uma cultura prolongada de blastocistos, sendo os embriões apenas transferidos ao quinto ou sexto dias.

Através destas técnicas de PMA, já nasceram, em todo o mundo, milhões de crianças. A Medicina da Reprodução é, inegavelmente, a medicina dos sonhos, em que cada criança nascida é uma dádiva.

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